Uma equipa de investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra descobriu uma microalga com elevada capacidade de produção de biodiesel, conforme conseguiu demonstrar já em escala laboratorial. Concorreu agora a um subsídio de 300.000 euros, com o objectivo de ensaiar o embrião de uma possível passagem a uma escala industrial de alto rendimento que se antevê brilhante, se tudo correr como previsto, daqui a uns três anos.
A expectativa da equipa é a de obter uma produção anual na ordem das 90 toneladas de óleo por hectare. Para se ter uma ideia das vantagens comparativas desta cultura basta dizer que "aquele valor equivale a dez vezes mais o obtido pelas oleaginosas terrestres tradicionais para o mesmo hectare", lembra Lília Santos, a investigadora responsável pelo estudo.
Dispensará assim a ocupação de extensas áreas de terrenos com vocação agrícola,.Permite retirar dióxido de carbono da atmosfera, e poderá contribuir ainda para várias utilizações em diversas indústrias como a Farmacêutica, a Cosmética, e a Alimentar.
Este e mais alguns outros casos vindos a lume nos últimos meses, nunca é demais encarecê-los e mostram como nem tudo são espinhos nem lamentações puras, na investigação universitária portuguesa. Na realidade, a investigação é sempre mais uma disposição de espírito que uma disposição da carteira e os maiores inventos da Humanidade nasceram todos numa manjedoura ou numa gruta, e muito raramente num palácio.
Exemplos como estes não devem ficar retidos na gaveta. Há que propagandeá-los, estimulá-los e multiplicá-los à medida das necessidades do nosso país e tirar deles o maior proveito possível.
Espera-se agora que, guiados pela boa estrela, surjam os reis magos com os apoios monetários necessários nesta fase, para seguir em frente.
Para já, parabéns à equipa investigadora, na pessoa da sua principal coordenadora Lília Santos, com o desejo dos melhores auspícios!
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