Mais um falso médico foi caçado pela PJ, após vinte anos de exercício «impecável». Tinha vasta clientela, onde abundavam as crianças. Alegava possuir a especialidade de Neuropsicologia clínica. Apesar de não ter diploma de médico, tinha vários certificados de cursos «de pós-graduações em universidades portuguesas», para além de ter dado conferências em «encontros médicos, etc.
É o máximo!
Só em Portugal acontecem casos destes e são merecedores de registo no almanaque de recordes Guiness.
Também as notícias não referem como se chegou à conclusão de que o fulano era falso médico, mas uma dica permite concluir que a PJ actuou devido a ele ter facultado a um doente um medicamento cuja posse e distribuição é da exclusiva competência das Farmácias sob prescrição e receita médica.
O que permite supor que, não fora este «acidente», o exercício ilícito da Medicina por este aldrabão continuaria sabe-se lá até quando, já que tinha «credibilidade» junto do meio onde actuava», devido à «boa carteira de doentes» de que dispunha. Segundo eles, parece que prestou razoáveis serviços à comunidade e não matou ninguém...
«O falso médico, acusado de tráfico de estupefacientes, usurpação de funções e falsificação de documentos, nomeadamente de receitas e atestados médicos, enfrenta agora uma moldura penal de quatro a doze anos de cadeia.
Vamos ver o que o que acontece.
Estava eu a escrever estas linhas, enquanto me chegavam aos ouvidos frases de um concurso de muita audiência na TV, numa altura em que o apresentador perguntava a um dos concorrentes quantos alimentos constavam da roda (dos alimentos, claro) e ele respondia, todo desenvolto:
-Para mim, a roda só tem dois: o bife e as batatas fritas!
Ora aí está uma resposta que fez rir toda a plateia às gargalhadas, e a mim também. Quase tanto como aconteceu com a notícia deste falso médico das Arábias, a exercer tranquilamente em Lousada, afinal um português de pura gema!
Mas porque será que, em certos momentos, só nos rimos do mal, ou metemos a ridículo as coisas sérias?
É que andam por aí alguns emigrantes sem cheta para bife com batatas fritas, mas com licenciaturas de Medicina obtidas em conceituadas universidades europeias. Sujeitam-se humildemente a apresentar diplomas certificados, a fazer exames de equivalência e cumprir estágios em hospitais e centros de saúde...
É a crise!!!
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