Segundo noticia dum prestimoso diário da nossa praça, o haxixe fez o seu aparecimento nas celebradas Docas de Alcântara. Não deve ter sido a primeira vez, nem será a última.
Aliás, a primeira deve ter ocorrido, pelas minhas conjecturas, pouco tempo depois da fundação e a última deverá ocorrer pouco tempo antes do fecho, coisa imprevisível, por agora.
E por que razão o haxixe não estaria previsto aparecer por ali?
Ora as Docas são um lugar como os outros, mais limpinho, mais arranjadinho, mais bem cheiroso, mais bonitinho, mais bem vestido, comido, bebido, vivido...Por que razão, pois, não deveria também ser mais curtido, se até é mais caro que as tascas da vizinhança?
O pessoal das tascas é teso, só tem para um copinho de bagaço ou carrascão e a droga é cara, segundo consta. No mínimo, essa droga é ali arranjada às escondidas e as passas são dadas à socapa. Depois, contudo, obriga os previsíveis viciados a pôr no prego os seus pertences e logo, em cadeia, ao assalto, ao roubo, ao crime individual ou organizado, se antes não cairam na miséria total ou acabaram nalguma sarjeta.
Mas nas Docas, é outra coisa. O pessoal experimenta, entre dois copos e dois dedos de conversa, compra mais e paga ao fornecedor a tempo e horas, às claras, à vista de toda a gente, com os iates em pano de fundo, embora, o percurso dos viciados não difira muito dos tasqueiros, apesar dos esforços desesperados das famílias com algumas posses e boa posição na sociedade. Claro, nesta mesma sociedade há sempre umas tantas ovelhas ranhosas e até a polícia algumas vezes coopera nesta porcaria, na mira dos benefícios oferecidos pelos traficantes, e outras vezes vira a esquina ou olha simplesmente para o lado.
Parece que, neste caso da notícia referida, o polícia de giro não virou a cara e apanhou os descarados fumadores de haxixe com a boca na botija, isto é, com os charros na boca, em plena Doca, em animada cavaqueira. Era uma coisa nunca vista, embora todo o mundo há muito soubesse disso!
Claro, se o caso se passasse na tasca da esquina, não valeria um chavo para a imprensa, quando muito duas linhas em rodapé, numa das páginas interiores, mas assim, dados os locais e os personagens em causa, merecia honras de páginas nobres.
É que um dos fumadores apanhados no voo da marijuana era um dos filhos do actual presidente da Comunidade Europeia, ao momento em reunião badalada com o presidente norte americano Bush e o presidente francês Sarkozy, na famosa estância de férias de Camp David, na sequência da incontornável crise financeira mundial. Logo essa circunstância foi aproveitada pelo jornalista de serviço para fazer uma chamada ao Presidente da CE, pedindo explicações e comentários para o acto infeliz do seu filho maior de idade. Seria um aproveitamento jornalístico fabuloso da notícia, se o presidente não estivesse real ou estrategicamente incomunicável, como se verificou!
Coisas de fofoca periodística a que já estamos habituados, sobre factos que acontecem, mesmo aos mais pintados, pois cada um é susceptível de escorregar onde menos espera, o que, de qualquer maneira, não justifica os erros cometidos.
Ontem, por exemplo, as pessoas escorregavam nas cascas de banana que o pessoal descuidado atirava para o chão, mas agora derrapam na caca de cão que nos faz andar aos ziguezague pelos passeios ou na «merda» do haxixe, da coca, da morfina ou de outra porcaria qualquer que os traficantes espalham por aí, qual rede onde apanham os incautos.
Mas há que ter os pés bem firmes na terra e a cabeça no seu lugar, para não escorregar.
Viva o polícia de giro! Assim é que é! Agarrem todos os passadores, nas tascas ou nas docas, filhos de pedintes ou de presidentes, levem-nos a julgamento, metam-nos na choça, obriguem-nos a pagar a coima respectiva, etc., etc., etc.
Mas antes de mais, cacem os grandes traficantes e os grandes distribuidores. Também aqui, como na política e, mais que na política, se necessita de uma cimeira de polícias de todo o mundo, em Camp David ou na Cochinchina!
Não se compreende como podem existir, neste mundo globalizado onde tudo se conhece e propaga aos quatro ventos, verdadeiros santuários da droga, irradiando a «merda» para toda a parte.
Não se compreende?
Que forças tão poderosas se escondem por detrás do simples charro ou da pica tão ansiados, nas tascas infectas ou nas docas limpinhas por esse mundo fora, que movimentam milhões e milhões, à custa de outros milhões de vítimas!
Neste caso, o polícia vigilante e atento caçou seis gramas de haxixe ao filho de Durão Barroso, o que pode incriminá-lo, segundo a lei, numa pena de prisão de um ano, remível ou não, conforme a opinião do juiz, em forte indemnização monetária.
Para já, o filho de Durão Barroso encontra-se com termo de identidade e residência.
A Justiça encontra-se, dado o parentesco do personagem, em termo de observação pública e jornalística.
E a Imprensa está em termo de vender, à custa do evento, mais uns quantos exemplares.
Ora aí está como, neste mundo cão, os traficantes fazem a sua propaganda da «merda» perfeitamente de borla, sem termo à vista.
Ficarão, sim, em termo de fazer mais uns quantos chorudos negócios.
Enquanto nós todos, por cá, passamos os dias a discutir, a congeminar como conseguir pôr termo a esta e a tantas outras misérias.!!!
E já era tempo de pôr termo a toda esta porcaria.
Aliás, a primeira deve ter ocorrido, pelas minhas conjecturas, pouco tempo depois da fundação e a última deverá ocorrer pouco tempo antes do fecho, coisa imprevisível, por agora.
E por que razão o haxixe não estaria previsto aparecer por ali?
Ora as Docas são um lugar como os outros, mais limpinho, mais arranjadinho, mais bem cheiroso, mais bonitinho, mais bem vestido, comido, bebido, vivido...Por que razão, pois, não deveria também ser mais curtido, se até é mais caro que as tascas da vizinhança?
O pessoal das tascas é teso, só tem para um copinho de bagaço ou carrascão e a droga é cara, segundo consta. No mínimo, essa droga é ali arranjada às escondidas e as passas são dadas à socapa. Depois, contudo, obriga os previsíveis viciados a pôr no prego os seus pertences e logo, em cadeia, ao assalto, ao roubo, ao crime individual ou organizado, se antes não cairam na miséria total ou acabaram nalguma sarjeta.
Mas nas Docas, é outra coisa. O pessoal experimenta, entre dois copos e dois dedos de conversa, compra mais e paga ao fornecedor a tempo e horas, às claras, à vista de toda a gente, com os iates em pano de fundo, embora, o percurso dos viciados não difira muito dos tasqueiros, apesar dos esforços desesperados das famílias com algumas posses e boa posição na sociedade. Claro, nesta mesma sociedade há sempre umas tantas ovelhas ranhosas e até a polícia algumas vezes coopera nesta porcaria, na mira dos benefícios oferecidos pelos traficantes, e outras vezes vira a esquina ou olha simplesmente para o lado.
Parece que, neste caso da notícia referida, o polícia de giro não virou a cara e apanhou os descarados fumadores de haxixe com a boca na botija, isto é, com os charros na boca, em plena Doca, em animada cavaqueira. Era uma coisa nunca vista, embora todo o mundo há muito soubesse disso!
Claro, se o caso se passasse na tasca da esquina, não valeria um chavo para a imprensa, quando muito duas linhas em rodapé, numa das páginas interiores, mas assim, dados os locais e os personagens em causa, merecia honras de páginas nobres.
É que um dos fumadores apanhados no voo da marijuana era um dos filhos do actual presidente da Comunidade Europeia, ao momento em reunião badalada com o presidente norte americano Bush e o presidente francês Sarkozy, na famosa estância de férias de Camp David, na sequência da incontornável crise financeira mundial. Logo essa circunstância foi aproveitada pelo jornalista de serviço para fazer uma chamada ao Presidente da CE, pedindo explicações e comentários para o acto infeliz do seu filho maior de idade. Seria um aproveitamento jornalístico fabuloso da notícia, se o presidente não estivesse real ou estrategicamente incomunicável, como se verificou!
Coisas de fofoca periodística a que já estamos habituados, sobre factos que acontecem, mesmo aos mais pintados, pois cada um é susceptível de escorregar onde menos espera, o que, de qualquer maneira, não justifica os erros cometidos.
Ontem, por exemplo, as pessoas escorregavam nas cascas de banana que o pessoal descuidado atirava para o chão, mas agora derrapam na caca de cão que nos faz andar aos ziguezague pelos passeios ou na «merda» do haxixe, da coca, da morfina ou de outra porcaria qualquer que os traficantes espalham por aí, qual rede onde apanham os incautos.
Mas há que ter os pés bem firmes na terra e a cabeça no seu lugar, para não escorregar.
Viva o polícia de giro! Assim é que é! Agarrem todos os passadores, nas tascas ou nas docas, filhos de pedintes ou de presidentes, levem-nos a julgamento, metam-nos na choça, obriguem-nos a pagar a coima respectiva, etc., etc., etc.
Mas antes de mais, cacem os grandes traficantes e os grandes distribuidores. Também aqui, como na política e, mais que na política, se necessita de uma cimeira de polícias de todo o mundo, em Camp David ou na Cochinchina!
Não se compreende como podem existir, neste mundo globalizado onde tudo se conhece e propaga aos quatro ventos, verdadeiros santuários da droga, irradiando a «merda» para toda a parte.
Não se compreende?
Que forças tão poderosas se escondem por detrás do simples charro ou da pica tão ansiados, nas tascas infectas ou nas docas limpinhas por esse mundo fora, que movimentam milhões e milhões, à custa de outros milhões de vítimas!
Neste caso, o polícia vigilante e atento caçou seis gramas de haxixe ao filho de Durão Barroso, o que pode incriminá-lo, segundo a lei, numa pena de prisão de um ano, remível ou não, conforme a opinião do juiz, em forte indemnização monetária.
Para já, o filho de Durão Barroso encontra-se com termo de identidade e residência.
A Justiça encontra-se, dado o parentesco do personagem, em termo de observação pública e jornalística.
E a Imprensa está em termo de vender, à custa do evento, mais uns quantos exemplares.
Ora aí está como, neste mundo cão, os traficantes fazem a sua propaganda da «merda» perfeitamente de borla, sem termo à vista.
Ficarão, sim, em termo de fazer mais uns quantos chorudos negócios.
Enquanto nós todos, por cá, passamos os dias a discutir, a congeminar como conseguir pôr termo a esta e a tantas outras misérias.!!!
E já era tempo de pôr termo a toda esta porcaria.
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