A crise do BCP deveria ter sido resolvida internamente, sem necessidade de recurso ao exterior. A busca de importânca e os erros de uns e a defesa e justificações de outros, usando todos a imprensa publicitária, levou a este imbróglio.
A sede de protagonismo, mascarada com objectivos políticos claros, arrastou também alguns gestores de qualidade, convencidos da vitória final nas eleições internas ontem efectuadas na Assembleia Geral do BCP, apoiados na tal imprensa oportunista e respectivos comentadores que chegavam a vaticinar, contra toda a evidência (não sei se ingenuamente, se com outros intuitos) a derrota do candidato ganhador ou a divisão dos votos a meio, na pior das situações!
Afinal, toda a encenação levada a cabo deu em nada e a montanha pariu um rato, para sua própria vergonha.
Finalmente, encheu-me de tristeza a propaganda infeliz feita ao BCP pelos piores motivos e a reacção final do concorrente derrotado na A.G, com pouco mais de 2% de votos, clamando uma grande vitória moral. Fez-me lembrar os resultados da nossa selecção nacional de futebol dos anos cinquenta, em que os jornais noticiavam as frequentes derrotas acompanhando sempre com o subtítulo de mais uma vitória moral, chegando a escrever que o nosso país era considerado no estrangeiro como campeão do fair play e da correcção desportiva. Assim, conseguiam dar um pouco de ânimo aos frustrados milhões de adeptos que nunca reconheciam que os rapazes jogavam mesmo mal…
Depois de tanta fofoca que a última semana tornou quase insuportável, propunha-me escrever um comentário em termos jocosos a tudo isto, já que tristezas não pagam dívidas, quando catrapisquei o artigo de imprensa de Ferreira Fernandes no Diário de Notícias, dos poucos a reduzir o folhetim aos merecidos termos. Qualquer coisa que eu viesse a escrever não seria mais acutilante e objectivo. Aqui vai:
Ferreira Fernandes
Admirou-me a cabazada:
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