domingo, 6 de julho de 2008

JUSTIÇA DESPORTIVA NO TRIBUNAL PÚBLICO

É preciso ter vergonha

O que se está a passar no Conselho de Justiça da F.P.F. é uma vergonha, para quem a não teve. Não interessa já quem tem razão, quem foi o culpado, quem fugiu, quem foi coagido, quem desautorizou, quem assinou de cruz, quem fechou ou reabriu uma reunião, quem culpou ou é culpado de compadrio, quem está legal ou ilegal, quem disse ou não disse, quem fez ou não fez, quem é suspeito, quem, afinal, partindo do interior da instituição, manchou a imagem da Justiça Desportiva mais do que ela já estava...Para o tribunal da opinião pública, neste momento, já ninguém parece escapar à sujeira.

O espectáculo tem sido deprimente e, pior do que as cenas e as notícias vindas a lume nos dias 4,5 e 6 deste quente mês de Julho, envolvendo magistrados de topo de uma instituição cúpula do deporto rei, não vai haver, de certeza.

Mas elas correm ainda o risco, ao serem continuadas em próximos capítulos, de extrapolação para a outra Justiça, a dos tribunais comuns, ela também já de si tão maltratada...e isso é péssimo!

Haja vergonha! Um mínimo de vergonha!

Não admira que alguns comentários lidos na imprensa indiquem, como a melhor saída desta crise, uma vassourada geral na gente que não sabe comportar-se à altura do seu posto e das suas responsabilidades.

Talvez isso não venha a acontecer, mas o certo é que, quem não sabe comportar-se correctamente, nem dar-se ao respeito, no exercício das suas funções, com toga ou sem ela, dificilmente poderá ser respeitado.

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