A verdade é que nunca houve nem haverá reformas consensuais. Em todas as reformas ortográficas existiram sempre motivos políticos, económicos ou outros subjacentes. E porque não? Não fora assim, ainda hoje escreveríamos como nos tempos da primeira dinastia.
Mais recentemente, em Portugal, desde a fundação da República, já houve várias reformas ortográficas e penso que, estarmos a insistir em pormenores, aos quais damos a importância de gigantes, é coisa que não ajuda nada à unificação da escrita do português em todo o mundo onde estamos espalhados e pela qual nos devemos bater sem complexos...de superioridade, inferioridade ou legitimidade, aliás como fazem inteligentemente e sem pruridos os ingleses, os franceses e os espanhóis.
Neste problema ortográfico, como noutros, a discussão sem fim nem soluções à vista devido ao caricato da eterna teimosia nacional, é simultaneamente a origem e o resultado do nosso atraso proverbial.
Ainda hoje há quem defenda que não devíamos ter deixado de escrever «Pharmácia» e outras «couzas». Geralmente são os mesmos que proclamam os exageros doutras modernices que utilizam no seu dia a dia e lhes dão muito jeito…
É claro que não estou a falar aqui de novos termos técnicos cuja introdução, na fala e na escrita corrente, parecem um perfeito desastre. Mas até a muitos deles vamos ter que nos habituar irremediavelmente, com acordo ou sem acordo ortográfico, para desespero dos puristas da nossa língua.
1 comentário:
è verdade, se bem que Pharmácia com PH ?! sem noção,ta certo que é sim uma MODERNICE, mais se faz necessário que haja mudanças !!!
Gostei muito do teu BLOG !
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