domingo, 20 de abril de 2008

O PAPA QUE VEIO DA ALEMANHA

A virtude e a paz que nos unem

O Papa foi aos Estados Unidos e mostrou coragem que noutras alturas tem faltado a outros pontífices.

Falar da pedofilia e do nazismo, pedir perdão pela postura imprópria e pelos crimes cometidos por membros do clero, não é coisa fácil e nunca fora possível a uma estrutura monolítica de chefe declarado infalível, ainda que só ex-cátedra. Algo está a mudar lentamente na postura da Igreja Católica, desde João XXIII até hoje, passando pelo carismático e santo João Paulo II que se atreveu a pedir perdão pela secular condenação dos judeus e do seu espantoso holocausto, a condenação de Galileu e doutros cientistas, e os excessos da Inquisição.

Os homens são todos irmãos, independentemente da religião e das opções políticas ou científicas que perfilham. Foi-nos ensinado que Cristo morreu para salvação da Humanidade e não apenas de alguns. E à Igreja compete dar o seu grande contributo para a salvação de todos.

O Papa que viveu a infância e adolescência na Alemanha hitleriana e passou pelas vicissitudes, aberrações e agruras da maior guerra da História da Humanidade, assim o entende também. Ninguém melhor que ele, portanto, para nos convencer e exortar a conviver na virtude e na paz que deve unir todos os homens.

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