Caricaturas de Gente Culta
Dantes, era habitual os poderosos comprarem guerras que nem sempre venciam. Depois, já na nossa era, vieram as guerras dos gangs, dos cartéis da droga, dos grandes bancos, dos grandes interesses…até do futebol, com motos e feridos, de vez
Há dias, vinha referenciada na Comunicação Social, uma guerrinha entre magistrados, coisa caricata e impensável ainda na semana anterior. E hoje, para que não ficassem atrás, os advogados iniciaram uma guerra civil, por motivos também caricatos na óptica do cidadão comum.
Certo que existe cada vez mais na sociedade portuguesa, nos últimos tempos, alguma crispação que não vai ficar por aqui. As dificuldades económicas que consomem uma boa parte da população vieram juntar-se à proverbial falta de civismo que infelizmente acompanha a liberdade democrática, para tudo e para nada invocada e nem sempre bem aproveitada.
Mal vai o País se as classes mais responsáveis, como os magistrados e os advogados não sabem aproveitar a liberdade que tanto apregoam! Pouco importa se aqueles se entretêm com «birras» e estes apelam aos tribunais para dirimir «bocas» ou «desbocas» que o cidadão comum resolveria com um simples encolher de ombros, se não quisesse dar-se ao trabalho de aplicar duas simples «chapadas» ao adversário. Como a Justiça não tem mais nada que fazer, dá ocupação à sua poderosa e grandiosa máquina…
No caso dos advogados, tantas vezes chamados pelos clientes para assessorar em tribunal questões de alegados insultos, são os três últimos bastonários que se acusam ou se perdoam, dizem e desdizem, trocam insultos entre si, contam os apoiantes, falam para os jornais em entrevistas cheias de recados, metendo igualmente ao barulho o Conselho Jurisdicional da Ordem, numa guerra de todos contra todos, num espectáculo deprimente que promete...
O cómico desta cena, se não fosse triste, é que provavelmente, um pouco de razão cabe a cada um deles!
O cidadão comum tirará daqui as suas conclusões. Certo é que a advocacia não sairá prestigiada desta guerra, por enquanto só de palavras, mas que vai durar, dada a testa dura dos sábios intervenientes, para gáudio da imprensa oportunista e fofoqueira.
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