As notícias dão conta de que o treinador do Nacional da Madeira está e perigo de vida, depois de ter sido submetido a uma «banal» lipoaspiração.
Este tipo de intervenções está na moda. De há uns anos a esta parte, montes de lipoaspirações são praticadas no nosso país, de tal modo que, especialmente entre as mulheres, fazer uma lipoaspiração é como dizer que vou ali e já volto…
Infelizmente, algumas foram e já não voltaram.
A face oculta destas anomalias, -se é que se pode chamar simples anomalia àquilo que acontece quando executado em cima de outra anomalia que é a vulgarização de uma plástica absolutamente desnecessária, levada a cabo exclusivamente por motivos estéticos, de que não andará certamente afastada a cumplicidade e ganância de alguns executantes menos sérios -reside provavelmente na existência na medicina, como na Política, como na Justiça, como em todas as profissões, de autênticos sucateiros.
Longe de mim tentar denegrir esta profissão que agora está na moda tomar como paradigma para tudo o que de mau venha a lume, por uma imprensa aberrante de sensacionalismos oportunistas, na ânsia pura da sobrevivência ou de fazer negócio, muito mais do que informar simples e honestamente o público. Agora, por exemplo, estão também na moda, pelos maus motivos, os sucateiros, como ontem estiveram os habitantes da Pedreira dos Húngaros, da Bela Vista, do Aleixo ou da Cova da Moura e por aí fora, estigmatizados desde então para cá com um ferrete de que não conseguirão libertar-se, nos próximos cem anos! Ora, sucateiros há muitos e dignos, exercendo uma profissão tão digna como qualquer outra, e o crime de um sucateiro transviado não poderá ser transferido para o seu mister e generalizado de ânimo leve a todos os outros, como se fosse um bando ou uma quadrilha organizada de malfeitores, imagem que é passada aos leitores subliminar e inconscientemente.
Quando chamo sucateiros a alguns profissionais, ressalvo, pois, que não pretendo denegrir aqueles, mas simplesmente dizer que alguns destes não estão à altura das suas responsabilidades na defesa da vida humana e nada mais, coisa que aos homens da sucata não pode exigir-se no mesmo grau.
Várias mortes têm sido anunciadas, na execução da técnica de lipoaspiração, algumas talvez acidentais, mas outras por mera incúria, rotina ou até um certo facilitismo que tende a atribuir a um acto médico desta natureza um alto grau de banalidade inócua. Numa das mortes, por exemplo, averiguou-se que o operador era um habilidoso especialista de Urologia! Muitos dos lipoaspiradores não são especialistas, como reconhece a Ordem dos Médicos, e há já um rol de histórias lamentáveis, na própria Ordem e na Deco. A Justiça, pelo seu lado, parece nunca ter culpado ou penalizado quem quer que fosse.
Não sei o que haverá influenciado o treinador do Nacional, no sentido de efectuar a liposapiração. Mas, muito provavelmente, terá pesado na decisão uma opção estética doentia e o facilitismo de quem o induziu a tomá-la ou a praticou. Num mundo cada vez mais regido por problemas de economia, vulgo lucro criminoso, e pelo abuso de padrões de beleza completamente aberrantes, em prejuízo dos verdadeiros cânones da Moral e da Estética que nos regeram durante milénios, tudo é possível acontecer.
Com a extensão da globalização a Portugal, já vimos médicos ucranianos a fazer de trolhas e portanto, não deverá surpreender-nos agora ver sucateiros a fazer de médicos. Só que, neste caso, a gravidade dos erros cometidos é muito maior…
Não dá para fazer humor negro com estas situações tão bizarras quanto trágicas, mas é caso para lembrar a notícia de um crime hediondo que fez parangonas na Comunicação Social, há uns dias atrás, segundo a qual índios semi-selvagens andinos assassinavam compatriotas para lhes extrair gordura, a negociar eventualmente com laboratórios de cosmética europeus. Se a moda pega por estas bandas, sobretudo depois da vulgarização campeã do fast food, muita gente não escapará.
Pela minha parte, jamais me apanharão. Nem que tenha que morrer de fome!
Não sei se o caso que ocorre com o treinador do Nacional se deve a descuido, a erro de rotina, ou a puro acidente imprevisto mas, desde já, faço votos para que ele escape desta.
Este tipo de intervenções está na moda. De há uns anos a esta parte, montes de lipoaspirações são praticadas no nosso país, de tal modo que, especialmente entre as mulheres, fazer uma lipoaspiração é como dizer que vou ali e já volto…
Infelizmente, algumas foram e já não voltaram.
A face oculta destas anomalias, -se é que se pode chamar simples anomalia àquilo que acontece quando executado em cima de outra anomalia que é a vulgarização de uma plástica absolutamente desnecessária, levada a cabo exclusivamente por motivos estéticos, de que não andará certamente afastada a cumplicidade e ganância de alguns executantes menos sérios -reside provavelmente na existência na medicina, como na Política, como na Justiça, como em todas as profissões, de autênticos sucateiros.
Longe de mim tentar denegrir esta profissão que agora está na moda tomar como paradigma para tudo o que de mau venha a lume, por uma imprensa aberrante de sensacionalismos oportunistas, na ânsia pura da sobrevivência ou de fazer negócio, muito mais do que informar simples e honestamente o público. Agora, por exemplo, estão também na moda, pelos maus motivos, os sucateiros, como ontem estiveram os habitantes da Pedreira dos Húngaros, da Bela Vista, do Aleixo ou da Cova da Moura e por aí fora, estigmatizados desde então para cá com um ferrete de que não conseguirão libertar-se, nos próximos cem anos! Ora, sucateiros há muitos e dignos, exercendo uma profissão tão digna como qualquer outra, e o crime de um sucateiro transviado não poderá ser transferido para o seu mister e generalizado de ânimo leve a todos os outros, como se fosse um bando ou uma quadrilha organizada de malfeitores, imagem que é passada aos leitores subliminar e inconscientemente.
Quando chamo sucateiros a alguns profissionais, ressalvo, pois, que não pretendo denegrir aqueles, mas simplesmente dizer que alguns destes não estão à altura das suas responsabilidades na defesa da vida humana e nada mais, coisa que aos homens da sucata não pode exigir-se no mesmo grau.
Várias mortes têm sido anunciadas, na execução da técnica de lipoaspiração, algumas talvez acidentais, mas outras por mera incúria, rotina ou até um certo facilitismo que tende a atribuir a um acto médico desta natureza um alto grau de banalidade inócua. Numa das mortes, por exemplo, averiguou-se que o operador era um habilidoso especialista de Urologia! Muitos dos lipoaspiradores não são especialistas, como reconhece a Ordem dos Médicos, e há já um rol de histórias lamentáveis, na própria Ordem e na Deco. A Justiça, pelo seu lado, parece nunca ter culpado ou penalizado quem quer que fosse.
Não sei o que haverá influenciado o treinador do Nacional, no sentido de efectuar a liposapiração. Mas, muito provavelmente, terá pesado na decisão uma opção estética doentia e o facilitismo de quem o induziu a tomá-la ou a praticou. Num mundo cada vez mais regido por problemas de economia, vulgo lucro criminoso, e pelo abuso de padrões de beleza completamente aberrantes, em prejuízo dos verdadeiros cânones da Moral e da Estética que nos regeram durante milénios, tudo é possível acontecer.
Com a extensão da globalização a Portugal, já vimos médicos ucranianos a fazer de trolhas e portanto, não deverá surpreender-nos agora ver sucateiros a fazer de médicos. Só que, neste caso, a gravidade dos erros cometidos é muito maior…
Não dá para fazer humor negro com estas situações tão bizarras quanto trágicas, mas é caso para lembrar a notícia de um crime hediondo que fez parangonas na Comunicação Social, há uns dias atrás, segundo a qual índios semi-selvagens andinos assassinavam compatriotas para lhes extrair gordura, a negociar eventualmente com laboratórios de cosmética europeus. Se a moda pega por estas bandas, sobretudo depois da vulgarização campeã do fast food, muita gente não escapará.
Pela minha parte, jamais me apanharão. Nem que tenha que morrer de fome!
Não sei se o caso que ocorre com o treinador do Nacional se deve a descuido, a erro de rotina, ou a puro acidente imprevisto mas, desde já, faço votos para que ele escape desta.
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